Cerca de 130 integrantes dos grupos informais de RH do Estado de São Paulo participaram do II Encontro organizado exclusivamente para eles pela ABRH-SP e o Ginforh. O evento, realizado na tarde da última terça, no Espaço Manacá do CRA-SP - Conselho Regional de Administração de São Paulo, na capital paulista, discutiu o tema Trabalho, Estresse e Bem-Estar. O assunto atraiu a atenção dos profissionais de RH interessados em discutir o impacto da quantidade cada vez maior de trabalho na saúde dos funcionários. Durante a palestra Trabalho e Estresse - Visão do Médico do Trabalho, o médico e diretor do CPH, Ricardo De Marchi, analisou o cenário atual em que as pessoas vivem mais, mas, em contrapartida, têm um nível crescente de responsabilidade, carga de trabalho e pressão. Ele também comentou sobre o perfil de saúde da população, que tem mudado com a prevalência de doenças crônicas. “Ao mesmo tempo, o envelhecimento da força de trabalho significa maiores custos médicos, cujos aumentos ultrapassam a inflação. Por isso é importante fornecer programas e ferramentas que reduzam riscos específicos e encorajem um Segundo ele, um terço dos profissionais diz que o trabalho tem prejudicado sua saúde e, para 42% das pessoas, a pressão profissional interfere na vida familiar. “O mais importante é que o equilíbrio deve ser trabalhado pela empresa e o indivíduo com o objetivo de integrar saúde, qualidade pessoal e alta performance”, recomendou. Facilitadores do burnout Já na palestra Estresse e Bem-Estar, o professor de pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, Ricardo Moreno, abordou o burnout, ou síndrome do esgotamento profissional. Como ele explicou, existem diferentes facilitadores do burnout, como burocracia excessiva, falta de autonomia, normas institucionais rígidas, mudanças frequentes, falta de confiança e respeito entre os membros da equipe, comunicação ineficiente e impossibilidade de ascender na carreira. Ao falar sobre a felicidade – definida como um grau de satisfação global da pessoa formado por uma coleção de recordações, momentos e experiências –, Moreno deu informações, levantadas em pesquisa, que contrariam o senso comum: pessoas casadas e com filhos não são mais felizes que os solteiros e sem filhos, assim como o maior poder aquisitivo, superado o limiar que permite a subsistência, não se relaciona com o aumento do índice de felicidade. Da mesma forma, dobrar o salário faz menos diferença que eventos vitais. A programação do evento contou ainda com a apresentação do case Uma forma de propiciar conforto e bem-estar aos colaboradores – A experiência do Banco Votorantim. Rosemary Deliberato e Celso Marques de Oliveira, respectivamente superintendente de RH e diretor de RH do Banco Votorantim, falaram sobre os programas de qualidade de vida da empresa, que atendem 8.136 colaboradores dentro e fora do Brasil. Eles lembraram que o mercado financeiro é considerado um dos mais estressantes que existem. Entretanto, o clima no Banco Votorantim é avaliado como um diferencial pelos seus colaboradores, que se declaram satisfeitos com as atividades que realizam. Isso apesar do crescimento muito forte apresentado pela empresa nos últimos quatro anos. | ||||
Fonte: O Estado de São Paulo Autor: ABRH-SP |
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Evento discutiu o impacto do trabalho na saúde das pessoas
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